quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Análise retrospectiva do perfil epidemiológico das notificações de intoxicações exógenas por medicamentos


Intoxicação por medicamentos: o que um estudo no RS nos mostra sobre saúde mental e prevenção    

    Os remédios fazem parte da nossa vida: aliviam dores, tratam doenças e ajudam no bem-estar. Mas quando usados de forma incorreta ou em excesso, podem se tornar perigosos. Foi exatamente isso que um estudo realizado em um hospital de ensino no interior do Rio Grande do Sul revelou: o número de intoxicações por medicamentos cresceu de forma preocupante entre 2020 e 2022, todas associadas a tentativas de suicídio.

    Pesquisadores revisaram as notificações hospitalares de intoxicação por medicamentos no pronto atendimento, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022. O objetivo era entender quem são essas pessoas, quais remédios aparecem com mais frequência e como os casos estão distribuídos, sendo as principais descobertas:

  • 156 casos foram registrados em três anos, todos envolvendo pessoas com 15 anos ou mais.

  • Houve um crescimento ano a ano: 33 casos em 2020, 44 em 2021 e 79 em 2022.

  • A maioria dos casos (77,6%) foi em mulheres, especialmente na faixa etária de 20 a 59 anos.

  • A ingestão de remédios foi o método mais usado nas tentativas de suicídio, muitas vezes sem associação com álcool ou automutilação.

  • Os medicamentos mais encontrados foram:

    • Clonazepam (29%) – um ansiolítico bastante prescrito.

    • Paracetamol (17%) – comum no dia a dia como analgésico.

    • Fluoxetina (13%) – antidepressivo.

    • Carbonato de lítio (12%) – usado em transtornos psiquiátricos.

    Os números deixam claro que existe um problema sério de saúde pública envolvendo o uso de medicamentos e a saúde mental. O fácil acesso a remédios, a automedicação e a falta de acompanhamento adequado aumentam os riscos. Além disso, o fato de tantas notificações envolverem mulheres aponta para questões sociais e psicológicas que precisam ser olhadas com atenção.

Caminhos para a prevenção:

  • Educação em saúde: alertar a população sobre os riscos do uso incorreto de medicamentos.

  • Atuação do farmacêutico: orientar pacientes, acompanhar tratamentos e promover o uso racional dos remédios.

  • Melhoria das notificações: fichas bem preenchidas ajudam a traçar um retrato mais realista e planejar políticas públicas.

  • Apoio psicológico e social: investir em serviços que acolham e acompanhem pessoas em sofrimento.

A pesquisa reforça algo essencial: remédio não bala. Ele pode salvar vidas, mas também pode colocá-las em risco quando usado sem cuidado. Falar sobre saúde mental e sobre o uso responsável de medicamentos é um passo importante para reduzir casos de intoxicação e, principalmente, para apoiar quem está em sofrimento.   

👉 Quer saber mais detalhes sobre esse estudo?

O artigo completo está disponível no link abaixo: 👇

https://seer.unisc.br/index.php/ripsunisc/article/view/19130




sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Riscos nutricional e fatores associados em pacientes hospitalizados com COVID-19.

 



O que a nutrição tem a ver com a COVID-19?

    Desde que a COVID-19 apareceu, a ciência não parou de buscar respostas para entender melhor a doença — e um desses estudos foi feito aqui no Brasil, em um hospital público da região Oeste da Bahia. A pesquisa focou em algo que nem sempre recebe tanta atenção: o estado nutricional dos pacientes internados com COVID-19.

    Os pesquisadores analisaram os prontuários de 553 pessoas que foram internadas entre 2020 e 2022 com diagnóstico confirmado de COVID-19. A ideia era descobrir quem estava em risco nutricional e o que poderia estar ligado a esse risco.

    O que eles encontraram? A maioria dos pacientes não apresentava risco nutricional quando chegou ao hospital. A média de idade era de 52,9 anos e o tempo médio de internação foi de 6,2 dias. Mas o mais interessante foi que duas coisas estavam ligadas a um maior risco nutricional: níveis baixos de linfócitos (um tipo de célula de defesa do corpo) e glicemia de jejum mais baixa (nível de açúcar no sangue após um período sem comer).

Ou seja, pacientes com esses dois indicadores mais baixos na admissão tinham mais chance de estar em risco nutricional.

    ✅A conclusão do estudo mostra como é importante olhar para a nutrição desde o começo do atendimento hospitalar. Avaliar os exames e o estado nutricional pode ajudar a oferecer um cuidado mais completo e eficaz para quem está enfrentando a COVID-19.


👉 Quer saber mais detalhes sobre esse estudo?

O artigo completo está disponível no link abaixo: 👇

https://seer.unisc.br/index.php/ripsunisc/article/view/19374





quarta-feira, 13 de agosto de 2025

EFETIVIDADE DE INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA DE ATIVIDADE FÍSICA: protocolo de estudo avaliativo com método misto

 



Muito além da academia: saúde, convivência e qualidade de vida para todos

    As doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, são responsáveis por mais de 70% das mortes no mundo — e o sedentarismo é um dos grandes vilões. Uma forma eficaz de combater isso são os programas comunitários de atividade física, que oferecem exercícios, orientação sobre alimentação e momentos de lazer, tudo de forma gratuita e acessível. 

    No Brasil, o Programa Academia da Saúde é um exemplo, presente em várias cidades. No Rio de Janeiro, ele é conhecido como Academia Carioca. Esses programas não só ajudam a prevenir doenças, mas também melhoram o bem-estar, a autonomia e, para os idosos, fortalecem músculos e equilíbrio.

    Esta pesquisa está avaliando se o Academia Carioca realmente traz benefícios como aumento da prática de exercícios, redução do peso e melhor controle da pressão arterial. Sendo analisados dados de centenas de pessoas e também a opinião dos participantes para entender o impacto real na vida de cada um.

    Mais do que exercícios, essa é uma oportunidade de criar uma comunidade mais saudável e ativa.

    O estudo apresenta um modelo para avaliar a eficácia de programas comunitários de atividade física, como o Programa Academia da Saúde. Essa avaliação considera três dimensões principais:

  1. Político-institucional – inclui financiamento, integração com outros setores (educação, cultura, urbanismo, etc.) e participação da comunidade.

  2. Gestão do Programa – abrange planejamento, monitoramento, capacitação de profissionais e divulgação das ações.

  3. Promoção de vida saudável – envolve práticas corporais (exercícios, dança, caminhada), incentivo à alimentação saudável (hortas comunitárias, oficinas culinárias) e práticas integrativas (acupuntura, fitoterapia).

    O financiamento adequado, a integração com outras áreas e o envolvimento da população são vistos como essenciais para a sustentabilidade e o impacto positivo do programa.

    O modelo proposto ajuda a entender como e por que o programa funciona e pode ser adaptado para diferentes contextos. A pesquisa reforça que, além de promover saúde física, essas iniciativas fortalecem a saúde mental, a convivência social e o autocuidado.

    Quer conferir? Dá uma passada lá no nosso site e mergulha nessa leitura que vai deixar você cheio de inspiração para cuidar melhor da sua saúde e da galera ao seu redor! 👇

https://seer.unisc.br/index.php/ripsunisc/article/view/19212














quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Nova Edição da RIPS

 


Ei, pessoal! Já saiu a nova edição da RIPS!

Se você curte acompanhar as últimas descobertas e estudos sobre promoção em saúde, essa edição está show de bola. Reunimos artigos científicos que vêm de várias áreas, mostrando como a saúde pode ser melhorada de forma integrada, pensando no indivíduo, na comunidade e nas políticas públicas.

Tem pesquisa sobre hábitos de vida, intervenções comunitárias, tecnologias aplicadas à saúde, entre outros temas que estão dando o que falar no meio acadêmico. Tudo isso com aquela pegada interdisciplinar que é a cara da promoção em saúde, trazendo uma visão completa e atualizada.

Tudo pensado para ajudar profissionais, estudantes e quem simplesmente quer ficar por dentro das novidades que fazem a diferença na nossa qualidade de vida.

Quer conferir? Dá uma passada lá no nosso site e mergulha nessa leitura que vai deixar você cheio de inspiração para cuidar melhor da sua saúde e da galera ao seu redor!

https://seer.unisc.br/index.php/ripsunisc/index












Análise retrospectiva do perfil epidemiológico das notificações de intoxicações exógenas por medicamentos

Intoxicação por medicamentos: o que um estudo no RS nos mostra sobre saúde mental e prevenção          Os remédios fazem parte da nossa vida...